domingo, 9 de janeiro de 2011

MARIO QUINTANA, em "Rua dos Cataventos & Outros Poemas"

XII 
                              Para Erico Verissimo

O dia abriu seu pára-sol bordado
De nuvens e de verde ramaria.
E estava até um fumo, que subia,
Mi-nu-ci-o-sa-men-te desenhado.

Depois surgiu, no céu azul arqueado,
A Lua - a Lua! - em pleno meio-dia.
Na rua, um menininho que seguia
Parou, ficou a olhá-la admirado...

Pus meus sapatos na janela alta,
Sobre o rebordo...Céu é que lhes falta
Pra suportarem a existência rude!

E eles sonham, imóveis, deslumbrados,
Que são dois velhos barcos, encalhados
Sobre a margem tranquila de um açude...

2 comentários:

  1. Cristina! Bárbaro!
    Amei tua poesia. Vou virar fã.

    Musical, profunda, leve e solta. A pena voa tão serena, ler-te, vale, vale muito a pena!

    BEIJO, ( Lembra de mim? Castelinho, aniversário da Sandra)

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  2. Claro que lembro!

    Mas, não estás confundindo minha poesia?

    Raramente posto uma minha...

    Beijo, vou visitar teu blog.

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