Deve ser uma coisa qualquer.
Ou então o contrário.
Duende mais que mulher,
dás-me a culpa dum falsário.
De perto, ainda mais distante,
você nunca está perante.
Seus olhos singram seus olhos,
soçobro em ânsia de âncoras.
Nasce o amor. É uma criança.
Eu acudo. Nem o viste.
Teu beijo só em mim persiste,
que em ti se dá e desiste.
O amor se cala e se faz.
O amor se fala e desfaz.
Mas pode ser o contrário.
Nunca sei e não avisas.
Vens velejando sem leme,
talvez já fora do barco.
Mas o afogado sou eu,
que, se te vê, precedeu.
Se fosses menos mulher...
Se eu fosse menos precário...
Deve ser uma coisa qualquer.
Ou então o contrário.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
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