quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Ana Cristina Cesar






A editora Companhia das Letras acaba de publicar a obra poética de Ana C. no livro POÉTICA.

 Armando Freitas Filho, também poeta, grande amigo de Ana Cristina, e profundo conhecedor de sua poesia, escreve na apresentação do livro:

"(...) De repente, como que andando na contramão da sua geração, de braço dado com ela em alguns costumes, mas escrevendo com mão diferente um texto cuja mancha gráfica incorporava sem cerimônia a prosa, Ana Cristina apareceu - esfinge clara e singular - sem temer a rejeição, procurando outro leitor e propondo uma nova leitura em nada complacente, muito pelo contrário, uma leitura desafiada."


Dois poemas de Ana Cristina Cesar, do livro INÉDITOS E DISPERSOS:


estou atrás

do despojamento mais inteiro
da simplicidade mais erma
da palavra mais recém-nascida
do inteiro mais despojado
do ermo mais simples
do nascimento a mais da palavra


poema óbvio


Não sou idêntica a mim mesmo
sou e não sou ao mesmo tempo, no mesmo lugar e sob o mesmo
                                                                                ponto de vista
Não sou divina, não tenho causa
Não tenho razão de ser nem finalidade própria:
Sou a própria lógica circundante


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