Lendo "Henry & June" - Diários não-expurgados de Anaïs Nin
(1931-1932)
O diário, escrito entre outubro de 31 e outubro de 32, narra o encontro (e consequências) de Anaïs com o escritor Henry Miller e sua esposa June. Ambos se apaixonam por Anaïs e ela por ambos. Henry, aliás, torna-se amante de Anaïs Nin por toda a vida.
Em termos de diários, sem falar em sua produção ficcional, ela, que viveu entre 1903 e 1977, escreveu mais de 35 mil páginas, as quais são consideradas por muitos como sua melhor produção literária.
Anaïs Nin |
June Miller |
Henry Miller |
Excerto do diário:
(...) "Escrever não é, para nós, uma arte, mas é como respirar. Depois de nosso primeiro encontro respirei alguns bilhetes, acentos de reconhecimento, admissão humana. Henry ainda estava atordoado, e eu exalava a alegria insuportável. Mas da segunda vez, não houve palavras. Meu prazer era intocável e aterrador. Inflava dentro de mim ao caminhar pelas ruas.
Ele transpira, ele fulgura. Não consigo escondê-lo. Sou mulher. Um homem me dominou. Ah, que prazer quando uma mulher encontra um homem a quem consegue se sujeitar, o prazer de sua feminilidade expandindo em braços fortes." (...)
(Tradução de Rosane Pinho, L&PM POCKET, 2010, 2ª edição)
Muito bom, Cris! Eu tenho "Delta de Vênus", da Anaïs Nin, outra leitura muito legal. Beijo e boa leitura por aí! Dani
ResponderExcluir
ResponderExcluirAh, sim, é um dos livros mais comentados da Anaïs, o "Delta de Vênus". E tu, lendo muito? Correndo muito? Beijo.
CHE GUEVARA
ResponderExcluirO látego do carrasco
Deixou a mostra as veias abertas
De uma América sem líderes,
Cheia de ditadores patéticos
E de déspotas obtusos,
Promíscuos em suas salas de mármore.
Há os que iludem com discursos
E os que mentem sem palavras –
Apoderam-se de mecanismos de tortura
Para espalhar o pânico e o terror.
A América se ergue com a sua mão direita
Que, ensangüentada, deixa-se extinguir,
Cambaleante cai sobre a perna esquerda,
Em repetidos golpes...
O guerrilheiro está morto!
Seu idealismo se tornou sonho,
O sonho transcreveu sua lenda,
A lenda transformou-se em eternidade.
A América de Guevara se perpetua,
Em sua eterna busca
Pelos verdadeiros líderes,
Por sua total e plena liberdade.
*Agamenon Troyan (poeta brasileiro), autor do livro O ANJO E A TEMPESTADE
SKYPE: tarokid18
Sim, Cris. Lendo cada vez mais. E finalmente acalmando um pouco as correrias. Beijo e bom fim de semana!
ResponderExcluir