sábado, 24 de janeiro de 2015

Manoel de Barros


Em Poesias,


10.

Inocência animal exercida
Nessa tarde que abriga violetas
E éguas cobertas. Água esquiva.
Nitidez de sábado.
Chover nos braços de alguém!
E essa espera nunca interrompida
De ser levada, de ser arrastada
Com as mãos. Claros jardins!
Dia de ficar em casa
Dentro do corpo - como em seu estojo
Um instrumento.


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