Poema IX, do livro "Amavisse" (do latim, "ter amado").
Amor chagado, de púrpura, de desejo
Pontilhado. Volto à seiva de cordas
Da guitarra e recheio de sons o teu jazigo.
Volto empoeirada de vestígios, arvoredo de ouro
Do que fomos, gotas de sal na planície do olvido
Para reacender a tua fome.
Amor de sombras de ocasos e de ovelhas.
Volto como quem soma a vida inteira
A todos os outonos. Volto novíssima, incoerente
Cógnita
Como quem vê e escuta o cerne da semente
E da altura de dentro já lhe sabe o nome.
E reverdeço
No rosa de umas tangerinas
E nos azuis de todos os começos.
Só
ResponderExcluirno
amor
se
volta
Hilda e sua letra única.Agradecida pela postagem,Cristina!
Adriana Bandeira
Sim, Adriana, a poesia da Hilda é única, realmente!
ExcluirEu te agradeço pelo comentário. Um beijo.