
Do livro, o poema
Marina
Duas gotas de sangue nas dunas,
duas rosas rubras na areia.
Se foi prazer ou suplício,
sabe o mar e a lua cheia.
Foi do mar esse gemido?
Ou foi de gozo esse grito?
Sabem tudo e nada dizem
as estrelas do infinito.
Lutam os corpos e as ondas.
A maré alta os alcança.
No rosto gosto de sal;
no corpo sôfrega dança.
Mergulham no vão das ondas
as gaivotas noturnas.
E as espumas vão buscar
rosas de sangue nas dunas.
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