segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Soneto de José Eduardo Degrazia, no livro A FLOR FUGAZ.
Luz mediterrânea
Na tua pele qual densa primavera
plantei as flores de um desejo terno,
nasceu jardim à beira da cratera,
vulcão de amor que se queria eterno.
És taça de cristal com vinho tinto
quando me beijas com tua boca rubra,
bebes no cálice em abandono, o absinto,
mediterrânea luz que nos descubra.
E ris alegre e louca em desatino,
sendo eu ditoso amante em meu destino
de recriar em ti - do gozo - a realeza.
Despes o seio raro de princesa
e eu beijo o teu colo alabastrino,
bebo no teu seio o vinho purpurino.
Este é um dos sonetos que leremos amanhã, no SARAU LITERÁRIO ZONA SUL.
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