PORÉM
Porém
o verão se aproxima, e eu preciso te achar.
Eu não sei quem tu és, eu não sei onde estás.
Só conheço as coxas que inventei
pra sustentarem seios
que vêm
escondidos na lycra, na renda, na seda,
o verão vem aí, e talvez eu me exceda,
meu bem.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Obrigada!
Bela noite de poesia a de hoje, 27. Obrigada, mais uma vez, a Adroaldo Bauer, Angélica Rizzi, Celso Sant'Anna, Daniela Damaris, Jorge Rein, José Eduardo Degrazia, Juliana Meira, Paulo Roberto do Carmo, Renato de Mattos Motta e Sidnei Schneider. Obrigada também a Rosa do Carmo e Joel Moraes, pela música. Vera Spiess, grata pelas aquarelas. Ao público presente e participativo, obrigada. Foi uma delícia compartilhar a noite com vocês. Esta foi a 31ª edição do
SARAU LITERÁRIO ZONA SUL. E, finalmente, um tim-tim para Daniela Craidy. Vida longa ao Iaiá Bistrô, que recebe o sarau com todo o carinho e atenção. Até a próxima!
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Mario Quintana, em "Espelho Mágico".
DA ETERNA PROCURA
Só o desejo inquieto, que não passa,
Faz o encanto da coisa desejada...
E terminamos desdenhando a caça
Pela doida aventura da caçada.
DA DISCRIÇÃO
Não te abras com teu amigo
Que ele um outro amigo tem.
E o amigo de teu amigo
Possui amigos também...
DA CALÚNIA
Sorri com tranquilidade
Quando alguém te calunia.
Quem sabe o que não seria
Se ele dissesse a verdade...
Só o desejo inquieto, que não passa,
Faz o encanto da coisa desejada...
E terminamos desdenhando a caça
Pela doida aventura da caçada.
DA DISCRIÇÃO
Não te abras com teu amigo
Que ele um outro amigo tem.
E o amigo de teu amigo
Possui amigos também...
DA CALÚNIA
Sorri com tranquilidade
Quando alguém te calunia.
Quem sabe o que não seria
Se ele dissesse a verdade...
sábado, 24 de setembro de 2011
Sarau AOS MESTRES COM CARINHO
Fotos (de Paulo Camargo) da 4ª edição do sarau Aos Mestres com Carinho, "Estações do Sonho" (21/09), em homenagem a Élvio Vargas.
O poeta Élvio Vargas |
eu |
A cantora Anabela Souto |
Nós e o público que, mais tarde, lotou a sala O Retrato |
De Élvio Vargas, poema do livro Água do Sonho.
Cais
Magnífica
é a paisagem que ficou presa
no cais do olhar.
Insubmissa a pétala
que no outro lado do mundo
sonha novamente
pela adivinhação do aroma.
Insolúvel e trêmula
na sua amarga sentença
se descarna, invicta
diante da brisa que sopra
na haste dos desejos.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
31º SARAU LITERÁRIO ZONA SUL
Vai ser uma festa!!! Festa da poesia, da música, das artes plásticas, comemorando 2 anos do Iaiá Bistrô, da Daniela Craidy!!!
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Do poeta Élvio Vargas,
poema que estará no roteiro do sarau Aos Mestres com Carinho, amanhã, dia 21, no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo. Élvio Vargas é meu convidado para a 4ª edição do sarau.
Zodíaco
ao Cando Delgado
Adormeci profundamente
na margem extrema
de todos os meus ciclos.
A estação de minha preferência
era um decanato de Libra
nos outubros de Escorpião.
Sempre tive um trânsito
fatal, lúdico, sedutor
pelos mistérios da lua cheia.
Minha licantropia
tinha um pacto
com o fluxo das marés.
Aromas, paixões, pétalas
frequentaram
com relativo assédio
a rosa negra do meu ópio.
Vivi na rotação máxima
de cada signo.
Extraí deles os elementos
de solidão e contentamento
que foram urdindo
vagarosamente
o indecifrável horóscopo
da minha vida.
Zodíaco
ao Cando Delgado
Adormeci profundamente
na margem extrema
de todos os meus ciclos.
A estação de minha preferência
era um decanato de Libra
nos outubros de Escorpião.
Sempre tive um trânsito
fatal, lúdico, sedutor
pelos mistérios da lua cheia.
Minha licantropia
tinha um pacto
com o fluxo das marés.
Aromas, paixões, pétalas
frequentaram
com relativo assédio
a rosa negra do meu ópio.
Vivi na rotação máxima
de cada signo.
Extraí deles os elementos
de solidão e contentamento
que foram urdindo
vagarosamente
o indecifrável horóscopo
da minha vida.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Garcia Lopes no Londrix.
O poeta, tradutor, compositor, cantor e violonista Rodrigo Garcia Lopes apresenta o show Canções de Nós Mesmos, no Festival Literário Londrix, na quinta, dia 22, em Londrina. Junto dele, estará o multi-instrumentista André Siqueira (violão, baixo, viola, guitarra e flauta).
O show é uma homenagem ao poeta americano Walt Whitman.
O show é uma homenagem ao poeta americano Walt Whitman.
sábado, 17 de setembro de 2011
Anna Akhmátova
CANÇÃO DE DESPEDIDA
Não ri e não cantei:
fiquei o dia inteiro calada.
Mais do que tudo queria estar contigo
de novo, desde o começo.
Irrefletida primeira briga,
absoluto e claro delírio;
silenciosa, insensível, rápida,
nossa última refeição.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
QUARTA TEM SARAU NO QUARTO
Na 4ª edição do sarau AOS MESTRES COM CARINHO, receberei o poeta Élvio Vargas, membro da Academia Rio-Grandense de Letras. Vamos conversar sobre sua criação poética e ler/dizer alguns de seus poemas.
Anabela Souto participará, mostrando canções ligadas à temática de Élvio.
Anabela Souto participará, mostrando canções ligadas à temática de Élvio.
Olga Savary
Ycatu *
E assim vou
com a fremente mão do mar em minhas coxas.
Minha paixão? Uma armadilha de água,
rápida como peixes,
lenta como medusas,
muda como ostras.
* Do tupi: água boa
E assim vou
com a fremente mão do mar em minhas coxas.
Minha paixão? Uma armadilha de água,
rápida como peixes,
lenta como medusas,
muda como ostras.
* Do tupi: água boa
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Ricardo Darín
Cada vez mais, gosto do cinema argentino. O filme UM CONTO CHINÊS, que estreou semana passada aqui em Porto Alegre, é mais uma prova da qualidade do cinema que os argentinos fazem de alguns anos para cá. Este filme é de Sebastián Borensztein.
Mas, o melhor de tudo mesmo, é o ator Ricardo Darín.
Ele é quase que garantia de bom cinema: além de ser um excelente ator, é todo este charme que se vê aí ao lado!
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
FERREIRA GULLAR, "Em alguma parte alguma". (2010)
INSETO
Um inseto é mais complexo que um poema
Não tem autor
Move-o uma obscura energia
Um inseto é mais complexo que uma hidrelétrica
Também mais complexo
que uma hidrelétrica
é um poema
(menos complexo que um inseto)
e pode às vezes
(o poema)
com sua energia
iluminar a avenida
ou quem sabe
uma vida
Um inseto é mais complexo que um poema
Não tem autor
Move-o uma obscura energia
Um inseto é mais complexo que uma hidrelétrica
Também mais complexo
que uma hidrelétrica
é um poema
(menos complexo que um inseto)
e pode às vezes
(o poema)
com sua energia
iluminar a avenida
ou quem sabe
uma vida
domingo, 4 de setembro de 2011
POEMAS DE AMOR (1957), de Idea Vilariño.
A Juan Carlos Onetti
ENTRE
Entre tus brazos
entre mis brazos
entre las blandas sábanas
entre la noche
tiernos
solos
feroces
entre la sombra
entre las horas
entre
un antes y un después.
O passado e eu!
Um amigo me enviou esta foto, hoje. Em tempos de aniversário, uma certa melancolia...A década era a de 70.
sábado, 3 de setembro de 2011
Mario Vargas Llosa
No livro Elogio da Madrasta, o personagem dom Rigoberto antecipa os prazeres do encontro amoroso com Lucrecia, sua esposa:
"Enquanto enrolava umas bolinhas de algodão na ponta de um grampo e as umedecia com água e sabão para limpar a cera acumulada no interior do ouvido, antecipou o que aqueles limpos funis ouviriam dentro de pouco, descendo dos seios para o umbigo da sua esposa. Ali não precisariam de esforço para surpreender a música secreta de Lucrecia, pois uma verdadeira sinfonia de sons líquidos e sólidos, prolongados e breves, difusos e nítidos, viria revelar-lhe a sua vida soterrada. Antecipou com gratidão como se emocionaria ao captar, através desses órgãos que agora escarvava com minucioso afeto, desembaraçando-os da película oleosa que periodicamente se formava neles, algo da existência secreta do seu corpo: glândulas, músculos, vasos sanguíneos,folículos, membranas, tecidos, filamentos, tubos, trompas, toda essa rica e sutil orografia biológica que jazia sob a tersa epiderme do abdômen de Lucrecia. "Amo tudo o que existe dentro ou fora dela", pensou. "Porque tudo nela é ou pode ser erógeno." "
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Thiago de Mello
Dele, o poema,
TEMO POR MEUS OLHOS
Temo por meus olhos
diante das puras vestes.
E no entretanto, desejo.
Temor que sugere o epílogo
de ser cântaro partido
ao lado de fonte pródiga.
A não contemplar, prefiro
definitiva cegueira.
Não como os homens cegos,
mas como os pés das crianças
que são cegos, caminhando.
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