quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Anaïs Nin


Lendo "Henry & June" - Diários não-expurgados de Anaïs Nin 
                                                   (1931-1932)


O diário, escrito entre outubro de 31 e outubro de 32, narra o encontro (e consequências) de Anaïs com o escritor Henry Miller e sua esposa June. Ambos se apaixonam por Anaïs e ela por ambos. Henry, aliás, torna-se amante de Anaïs Nin por toda a vida. 

Em termos de diários, sem falar em sua produção ficcional, ela, que viveu entre 1903 e 1977, escreveu mais de 35 mil páginas, as quais são consideradas por muitos como sua melhor produção literária.

Anaïs Nin
June Miller

Henry Miller
      

Excerto do diário: 

 (...)   "Escrever não é, para nós, uma arte, mas é como respirar. Depois de nosso primeiro encontro respirei alguns bilhetes, acentos de reconhecimento, admissão humana. Henry ainda estava atordoado, e eu exalava a alegria insuportável. Mas da segunda vez, não houve palavras. Meu prazer era intocável e aterrador. Inflava dentro de mim ao caminhar pelas ruas.
          Ele transpira, ele fulgura. Não consigo escondê-lo. Sou mulher. Um homem me dominou. Ah, que prazer quando uma mulher encontra um homem a quem consegue se sujeitar, o prazer de sua feminilidade expandindo em braços fortes." (...)      



                             (Tradução de Rosane Pinho, L&PM POCKET, 2010, 2ª edição)                  

4 comentários:

  1. Muito bom, Cris! Eu tenho "Delta de Vênus", da Anaïs Nin, outra leitura muito legal. Beijo e boa leitura por aí! Dani

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  2. Ah, sim, é um dos livros mais comentados da Anaïs, o "Delta de Vênus". E tu, lendo muito? Correndo muito? Beijo.

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  3. CHE GUEVARA

    O látego do carrasco
    Deixou a mostra as veias abertas
    De uma América sem líderes,
    Cheia de ditadores patéticos
    E de déspotas obtusos,
    Promíscuos em suas salas de mármore.

    Há os que iludem com discursos
    E os que mentem sem palavras –
    Apoderam-se de mecanismos de tortura
    Para espalhar o pânico e o terror.

    A América se ergue com a sua mão direita
    Que, ensangüentada, deixa-se extinguir,
    Cambaleante cai sobre a perna esquerda,
    Em repetidos golpes...

    O guerrilheiro está morto!
    Seu idealismo se tornou sonho,
    O sonho transcreveu sua lenda,
    A lenda transformou-se em eternidade.

    A América de Guevara se perpetua,
    Em sua eterna busca
    Pelos verdadeiros líderes,
    Por sua total e plena liberdade.


    *Agamenon Troyan (poeta brasileiro), autor do livro O ANJO E A TEMPESTADE

    SKYPE: tarokid18

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  4. Sim, Cris. Lendo cada vez mais. E finalmente acalmando um pouco as correrias. Beijo e bom fim de semana!

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