quarta-feira, 25 de agosto de 2010

RONALD AUGUSTO

Do livro "No assoalho duro", um dos poemas que Ronald e eu leremos no sarau do dia 31.

8. sonhei comigo sonho sob pórticos
de luz tropical claridade verde
que eu julgava ser o espelho onde esta
face (agora inclinada sobre linhas
toscas de recordação puramente
imaginária) espelho onde esta face
pudesse mirar-se com minuciosa veracidade

sonho de vaidade vácua
que paraíso guardará a menor semelhança
que seja com a cara inexistente que
às vezes afivelo sobre a face para
melhor me desvelar?

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